O sonho de conseguir uma oportunidade de trabalho em outro país e exercer a medicina fora do Brasil é comum a muitos brasileiros, nas mais diversas profissões.
Na Medicina, apesar das diferenças no funcionamento dos sistemas de saúde pública, também há a possibilidade de fazer essa mudança e trabalhar no exterior.
Na Itália, por exemplo, aproximadamente 125 mil estrangeiros atuam na área da saúde.
Os médicos brasileiros podem exercer a profissão em outro país, desde que cumpram os requisitos legais, especialmente a equivalência de diploma.
Mas como toda regra possui sua exceção, existem países, como a Itália, que temporariamente permitem que médicos estrangeiros exerçam sua atividade laboral sem terem o diploma revalidado.
Se você deseja conhecer as possibilidades e as diferenças nos processos de te permitem exercer a medicina fora do Brasil continue neste artigo.
Países da União Europeia
Os países da União Europeia apesar de comporem um bloco econômico, possuem formas de revalidação diferentes.
Um fator comum sobre todos eles é a necessidade de apresentação de documentos que comprovem a sua qualificação profissional.
Para o processo de revalidação em si, somente a graduação basta, mas especialização e mestrado/doutorado ajudam na aprovação da sua revalidação.
Além da graduação também é possível revalidar a especialidade.
Além disso, é preciso também realizar uma prova de conhecimentos gerais da medicina, com conteúdo similar ao que é cobrado nas avaliações de residência no Brasil.
Outro fato interessante, é que a depender da sua qualificação há possibilidade de não haver a necessidade de fazer as provas, ou até mesmo isenção de provas de algumas disciplinas, o que é mais comum na revalidação do diploma na Itália.
Portugal
Em Portugal, o processo de revalidação que te dará o direito de exercer a medicina fora do Brasil é processado pelas universidades portuguesas.
As universidades portuguesas que possuem curso de medicina abrem um edital a cada ano para receber essas solicitações.
O processo consiste em quatro partes:
- Apresentação da documentação;
- Prova teórica de múltipla escolha;
- Prova prática, da anamnese ao prognóstico de um caso clínico;
- Prova pública, que consiste na apresentação de algum trabalho científico (dissertação, tese, monografia, relatório) frente a um júri.
Caso você já tenha defendido seu TCC no Brasil é possível que eles te dispensem dessa etapa.
Novamente eu destaco a necessidade de ter uma atenção redobrada com os seus documentos, pois eles são a sua porta de entrada para todo o processo de revalidação.
Portugal tem sido uma grande porta de entrada para os brasileiros com mão de obra qualificada que desejam internacionalizar suas carreiras e entrar no mercado de trabalho europeu.
Após findado a análise do seu processo, serão possíveis 3 desdobramentos:
- Revalidação completa;
- Revalidação parcial e necessidade e complementar com horas nos bancos escolares portugueses; e
- Indeferimento da revalidação.
Espanha
Diferentemente da revalidação em Portugal, a Espanha, processa os pedidos de revalidação por meio do seu órgão Ministério de Universidades, aceita estudos realizados no Brasil, sejam eles superiores ou não, desde que estejam aptos após passar pelo processo de homologação no país.
O país ainda conta com o processo de convalidação para aqueles profissionais que ainda não terminaram os estudos no Brasil e desejam finalizar na Espanha e adquirir um diploma com validade plena na Espanha.
Como funciona a homologação?
Assim como em todos as revalidações, trata-se de um processo mais complexo e burocrático.
A grande diferença entre as homologações entre Portugal e Espanha se dá no prazo.
Desde novembro de 2022, foi colocada em vigor uma espécie de revisão da lei que cobre a convalidação, equivalência e homologação de diplomas.
O Real Decreto 889/2022 entrou em vigor no dia 8 de novembro de 2022 com as atualizações e a grande novidade é que foi estabelecido um prazo para resposta — que anteriormente podia chegar a até dois anos.
A partir de então, a resolução de todas as validações deve sair em apenas seis meses.
Itália
Para os brasileiros, o sonho de trabalhar na Itália é possível, mas requer planejamento e atenção aos requisitos legais, como a revalidação do diploma.
Um ponto a se destacar é que o país vem passando por uma necessidade de mão de obra qualificada na área de saúde, sendo aproximadamente 125 mil estrangeiros atuando na área da saúde no país.
No entanto, uma peculiaridade torna o país ainda mais interessante: em situações excepcionais, é permitido que profissionais da saúde estrangeiros exerçam suas atividades temporariamente sem a revalidação formal do diploma.
Para obter a autorização temporária é necessário ter um visto de permissão de trabalho e uma vaga de trabalho já selecionada para você.
O Processo de Revalidação de Diplomas na Itália
A revalidação de diplomas na Itália segue normas que visam garantir a qualidade e segurança do serviço prestado pelos profissionais da saúde.
Embora as exigências variem dependendo da área de atuação e do nível de qualificação, o processo normalmente inclui:
- Apresentação de Documentos: É essencial reunir toda a documentação acadêmica e profissional, devidamente traduzida e legalizada.
- Avaliação Teórica e prática: Provas que verificam o conhecimento geral e específico do candidato na área de atuação.
- Possíveis Isenções: Dependendo da formação acadêmica e experiência, algumas provas podem ser dispensadas, tornando o processo mais ágil para candidatos altamente qualificados.
A revalidação não se limita à graduação. Especializações, mestrados e doutorados também podem ser reconhecidos, ampliando as oportunidades profissionais.
Outro ponto relevante é que o processo de revalidação na Itália pode ser feito tanto no Ministério da Saúde italiano como diretamente nas universidades.
A Importância de Contar com uma Assessoria Especializada
Enfrentar o processo de imigração e revalidação do diploma na europa pode ser complexo, especialmente para quem não está familiarizado com os trâmites burocráticos e as exigências específicas do processo.
Nesse contexto, contar com uma assessoria especializada pode ser decisivo para o sucesso do seu projeto de internacionalização profissional.
Uma assessoria especializada não apenas orienta sobre as etapas do processo, mas também ajuda a identificar as oportunidades mais adequadas ao seu perfil e objetivos. Isso inclui:
- Clareza nas Informações: Esclarecer as regras e requisitos vigentes, evitando erros que podem atrasar ou inviabilizar o processo.
- Gestão de Documentação: Auxílio na organização e legalização dos documentos, garantindo que tudo esteja conforme as exigências italianas.
- Apoio no Dia a Dia: Soluções práticas para lidar com desafios como tradução juramentada, contato com órgãos reguladores e acompanhamento de prazos.
- Visão Estratégica: Análise personalizada das suas qualificações para potencializar as chances de sucesso na revalidação e na inserção no mercado de trabalho.
Além disso, uma assessoria oferece tranquilidade e economia de tempo, permitindo que você se concentre em se preparar para a mudança e para a adaptação cultural no novo país.
Se você deseja transformar o sonho de exercer a medicina fora do Brasil em realidade, buscar suporte especializado pode ser o primeiro passo para uma transição tranquila e bem-sucedida.
